Touch me ...
Never will I feel so sad ...
Happiness may smother me ...
When I'm in your arms ...
Come to me ...
Shock me with electric smiles ...
I will run a thousand miles ...
Can't run from you ...
Speak to me ...
Douse me with those gentle words ...
Speak of things that we've had (?)
Not from your lips ...
ooooh oooh oooh
I cannot cannot feel in love again (You know I'm in love again?)
You know what's good for me, what's good for me
I cannot cannot feel in love again
You know what's good for me, what's good for me
Touch me ...
Never will I feel so safe ...
Happiness may smother me ...
When I'm in your arms ...
Breathe for me ...
Only me and noone else ...
You must be the flames I felt ...
Creeping into meeeeeeeeee !!!
domingo, 27 de abril de 2008
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Vamos lá juventude!!
Pois é ... faz tempo que eu não dispensava uns minutinhos preciosos da minha preenchida agenda social para vir aqui deixar mais um post idiota, na verdade faz tanto tempo que me pergunto mesmo se alguém virá aqui para ler este post. Não que isso interesse, o dono do blog sou eu e tou-me nas tintas porque faço o que quero aqui ... mesmo que não faça muito só por saber que tenho poder absoluto aqui já me sinto menos insignificante.
Podia percorrer o YouTube à procura de um video qualquer para deixar como link do dia, podia agarrar numa centelha de inspiração e escrever uma prosa qualquer, podia vir aqui criticar o Ministério da Educação (é sempre bom!) e até podia explicar-vos (a vós, caros acompanhantes deste blog) como se desmantela uma bomba atómica ... E adivinhem qual é a verdade? É que não vou faze-lo!!
Porque o intuito deste blog é pura e simplesmente um espaço no qual eu digo o que me vai na alma, sem porquês e sem aviso prévio. (É bom ser-se livre! Ainda que virtualmente.)
Pensaram vocês "será que isto significa que ele (ou aquele idiota, ou aquele ... qualquer coisa, fica a vosso critério) vai finalmente escrever regularmente no blog estúpido dele?" ... Bem, não vou responder a essa questão, mas posso contar-vos uma história.
Um dia, (...) E foi assim que, sob a luz que desfalece do sol, meio escondido pela aspereza do monte velho da vila, o dia se desvaneceu, e a noite brilhou com uma maior intensidade, mais gloriosa que nunca.
Que bonito ... snif ... fiquei mesmo comovido ... Bahhhhhhh!!!! Chega de lamechices, a gente quer é assuntos controversos, histórias que nos deixem embasbacados, sem saber bem no que acreditar, vamos lá cambada!
(Não há mesmo nenhum motivo aparente aos vossos olhos para este post, Hahahaha nunca saberão o motivo!)
(O Né é mau ... )
(So sad ... )

sábado, 2 de fevereiro de 2008
Seguinte?!
O ananás é para muitas pessoas uma fruta tropical que cai muito bem durante o Verão, antes de se meterem no carro a caminho da praia mais cheia que encontrarem, sob uns 42º de Agosto. Mas será que isso importa?! Para mim, não.
É verdade que já se passou quase um mês desde o último post, mês esse em que voltei à vida activa, o que me reduziu o tempo disponível para vir aqui vaguear nos confins da minha mente obscura. Não obstante a esse facto, já era tempo de dizer algo novo. (Algumas pessoas não me largaram as dobras, fazendo pressão psicológica para que escrevesse alguma coisa aqui, quererá isso dizer que já tenho pessoas que leiam este blog?)
Agora que transitamos para um novo mês, que para alguns significa testes ou frequências, para outros significa pagar o seguro do carro, e para outros ainda significa ir comprar ananás porque a reserva de Janeiro já acabou, será boa ideia olhar para o pouco que já passou de 2008 e pensar ... Será que foi proveitoso? O meu Janeiro foi proveitoso pelo menos numa ocasião (agora vou ser injusto de propósito) que foi a vinda do conceituado Sub Focus a Alvalade, onde destruiu a audiência sedenta de um Jump Up com cheiro a novinho em folha, uma vez que o Sub Focus vai lançar o seu primeiro album este ano.
Ora bem, espero que amanhã seja diferente de ontem, e que aprendamos todos os dias um pouco mais sobre o que nos rodeia e sobre nós próprios. No final, somos apenas unidades que fazem um todo, que por sua vez é uma unidade de outro todo.
O que se seguirá?!
É verdade que já se passou quase um mês desde o último post, mês esse em que voltei à vida activa, o que me reduziu o tempo disponível para vir aqui vaguear nos confins da minha mente obscura. Não obstante a esse facto, já era tempo de dizer algo novo. (Algumas pessoas não me largaram as dobras, fazendo pressão psicológica para que escrevesse alguma coisa aqui, quererá isso dizer que já tenho pessoas que leiam este blog?)
Agora que transitamos para um novo mês, que para alguns significa testes ou frequências, para outros significa pagar o seguro do carro, e para outros ainda significa ir comprar ananás porque a reserva de Janeiro já acabou, será boa ideia olhar para o pouco que já passou de 2008 e pensar ... Será que foi proveitoso? O meu Janeiro foi proveitoso pelo menos numa ocasião (agora vou ser injusto de propósito) que foi a vinda do conceituado Sub Focus a Alvalade, onde destruiu a audiência sedenta de um Jump Up com cheiro a novinho em folha, uma vez que o Sub Focus vai lançar o seu primeiro album este ano.
Ora bem, espero que amanhã seja diferente de ontem, e que aprendamos todos os dias um pouco mais sobre o que nos rodeia e sobre nós próprios. No final, somos apenas unidades que fazem um todo, que por sua vez é uma unidade de outro todo.
O que se seguirá?!
sábado, 5 de janeiro de 2008
Mais um ano ... Até Já!
Com copos na mão, sorrisos incessantes, abraços, gritos algo embriagados e muita boa disposição se colocou um ponto final num ano atribulado, conturbado, mas cheio de momentos para recordar. Ora a transição para este novo ano que agora começa foi igualmente memorável e de certeza que será motivo de conversa durante muito e muito tempo.
Depois deste querido e fofo parágrafo referente à entrada em 2008, gostava agora de deixar algumas convicções para este ano. Primeiro, divirtam-se mas não abusem, tenham juízo (vá, mais ou menos ... ) e tenham força para continuar a caminhada que é a vida. Segundo, grandes expectativas (como um grande guerreiro um dia afirmou!) são boas, são fonte de inspiração, só que não vale de nada divagar em objectivos se nos esquecemos do presente, que é onde o nosso espírito tem de permanecer, certo?! (vá, experiências fora do corpo não contam aqui ... ) Terceiro, façam o favor de serem felizes este ano, aproveitem cada dia, façam aquilo que mais gostam, sejam livres, não se prendam ... unam-se!
Depois da minha comovente mensagem para todos vocês, gostaria de deixar aqui o link do dia, curiosamente de um novo blog, desta feita desenvolvido em conjunto por duas pessoas das quais não se vão querer lembrar, fica aqui o meu convite para visitarem o blog do Bom? Português: http://bompt.blogspot.com/
Feliz 2008, abraços e amaços ao pessoal da pesada, para os que cá ficam ... um Até Já!
Depois deste querido e fofo parágrafo referente à entrada em 2008, gostava agora de deixar algumas convicções para este ano. Primeiro, divirtam-se mas não abusem, tenham juízo (vá, mais ou menos ... ) e tenham força para continuar a caminhada que é a vida. Segundo, grandes expectativas (como um grande guerreiro um dia afirmou!) são boas, são fonte de inspiração, só que não vale de nada divagar em objectivos se nos esquecemos do presente, que é onde o nosso espírito tem de permanecer, certo?! (vá, experiências fora do corpo não contam aqui ... ) Terceiro, façam o favor de serem felizes este ano, aproveitem cada dia, façam aquilo que mais gostam, sejam livres, não se prendam ... unam-se!
Depois da minha comovente mensagem para todos vocês, gostaria de deixar aqui o link do dia, curiosamente de um novo blog, desta feita desenvolvido em conjunto por duas pessoas das quais não se vão querer lembrar, fica aqui o meu convite para visitarem o blog do Bom? Português: http://bompt.blogspot.com/
Feliz 2008, abraços e amaços ao pessoal da pesada, para os que cá ficam ... um Até Já!
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Whisper
Man, I'm late ...
Gotta hurry, she's waiting ...
Picked up the old-fashioned jacket, prepared myself for what was about to come,
Left through the backyard, stared for a moment at the moon,
"Oh man!" - I thought - "Isn't that something special?!"
Said "See you later" to mom and dad ...
Near the car I held myself again, closed my eyes ...
"She's waiting ... " - I thought - "She awaits me, gotta hurry!"
Once the engine started to scream painfully
And a toxic smell made his presence felt
I knew, there was no turning back now,
I didn't want to go back ...
It's eleven past 7 PM, I wonder how is she looking today ...
Arrived at her home, from the other side of the street I can see her room lit up ...
"There you are!" - I thought ...
Parked the car, from the left mirror I could tell someone is approaching ...
Nevermind, I walked to the other side and knocked at the door.
I can hear her dog scratching the door, "He's gonna ruin that!" - I thought ...
Her roommate opens up the door, she stared at me for a moment ...
She said "Come on in!", followed by a brief smile ...
I stood in the hall for a sec, she said "You won't have to wait much longer ... "
Am I feeling nervous? I could swear I was able to move a moment ago ...
Then I realised the reason why I'm standing in the hall tonight, petrified ...
It's her! Rushing down the stairs to meet me ... Oh boy, she left me speechless ...
Thoughtless ...
*Rebooting ... *
Back to the real world, I can tell she's standing in front of me
Though she's blinding me with a divine pearl-like halo ...
Man, her eyes ... Are those even possible to exist?
She gracefully smiles to me, nothing was left to be said ...
We'd better get going ...
Said goodbye to the dog, her roommate was nowhere to be found.
She was near the car, I said "Wait ... "
"There's something I want you to know ...
You see, how does a mere mortal like me deal with you?!
How am I supposed to look at you and not be frozen from the inside?!
Honey, it's like someone once grabbed in everything that is good,
Stucked it all in a star and then you were born ... "
She smiled ... I got the chills ...
She blinked her eyes once, no, twice ... Then she whispered, right here, close to me
"And how am I supposed to act normal when you irradiate passion from every single damn bit of your skin?!
How do you think it feels to talk to you and hear exactly what I want to hear,
Even though I know or not that I want it ...
And, this is important, so please just listen,
There's nothing, wherever you look, nothing like this, there's nothing like me and you,
Standing near a rusty Ford Sierra, with the moonlight dancing upon us,
Now the time just don't seem to matter, neither space does,
What good is time/space when you are fulfilled right now?!
Nothing can take that from me, there's no changing this moment ...
There's no tomorrow, no yesterday, no later, nothing ...
Because this is what it feels to be near you ...
So don't think it's hard to deal with me, you know nothing about it ...
I don't care if we don't last forever, right now is the happiest moment ever"
Sim, são cinco e tal da manhã, não, não estou alterado, não consigo dormir e algo me disse que tinha de vir aqui escrever ... Bom, o resultado está a vista!
Gotta hurry, she's waiting ...
Picked up the old-fashioned jacket, prepared myself for what was about to come,
Left through the backyard, stared for a moment at the moon,
"Oh man!" - I thought - "Isn't that something special?!"
Said "See you later" to mom and dad ...
Near the car I held myself again, closed my eyes ...
"She's waiting ... " - I thought - "She awaits me, gotta hurry!"
Once the engine started to scream painfully
And a toxic smell made his presence felt
I knew, there was no turning back now,
I didn't want to go back ...
It's eleven past 7 PM, I wonder how is she looking today ...
Arrived at her home, from the other side of the street I can see her room lit up ...
"There you are!" - I thought ...
Parked the car, from the left mirror I could tell someone is approaching ...
Nevermind, I walked to the other side and knocked at the door.
I can hear her dog scratching the door, "He's gonna ruin that!" - I thought ...
Her roommate opens up the door, she stared at me for a moment ...
She said "Come on in!", followed by a brief smile ...
I stood in the hall for a sec, she said "You won't have to wait much longer ... "
Am I feeling nervous? I could swear I was able to move a moment ago ...
Then I realised the reason why I'm standing in the hall tonight, petrified ...
It's her! Rushing down the stairs to meet me ... Oh boy, she left me speechless ...
Thoughtless ...
*Rebooting ... *
Back to the real world, I can tell she's standing in front of me
Though she's blinding me with a divine pearl-like halo ...
Man, her eyes ... Are those even possible to exist?
She gracefully smiles to me, nothing was left to be said ...
We'd better get going ...
Said goodbye to the dog, her roommate was nowhere to be found.
She was near the car, I said "Wait ... "
"There's something I want you to know ...
You see, how does a mere mortal like me deal with you?!
How am I supposed to look at you and not be frozen from the inside?!
Honey, it's like someone once grabbed in everything that is good,
Stucked it all in a star and then you were born ... "
She smiled ... I got the chills ...
She blinked her eyes once, no, twice ... Then she whispered, right here, close to me
"And how am I supposed to act normal when you irradiate passion from every single damn bit of your skin?!
How do you think it feels to talk to you and hear exactly what I want to hear,
Even though I know or not that I want it ...
And, this is important, so please just listen,
There's nothing, wherever you look, nothing like this, there's nothing like me and you,
Standing near a rusty Ford Sierra, with the moonlight dancing upon us,
Now the time just don't seem to matter, neither space does,
What good is time/space when you are fulfilled right now?!
Nothing can take that from me, there's no changing this moment ...
There's no tomorrow, no yesterday, no later, nothing ...
Because this is what it feels to be near you ...
So don't think it's hard to deal with me, you know nothing about it ...
I don't care if we don't last forever, right now is the happiest moment ever"
Sim, são cinco e tal da manhã, não, não estou alterado, não consigo dormir e algo me disse que tinha de vir aqui escrever ... Bom, o resultado está a vista!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Deixem-me ... Já disse que não QUERO!!
AH SEU ALDRABÃO!! DIZES QUE NÃO MAS PENSAS QUE SIM!!
Desculpas, paranóias, alibís, whatever! Bom dia meus senhores e minhas senhoras (para não vos chamar seres cadavéricos que pensam que pensam por vocês próprios quando na verdade quem vos comanda é o Né! Ahahah!), e sejam bem-vindos ao 4º (O tempo passa não é verdade?!) post do meu estranho blog! Espero que tenham tido um serão agradável, apertem os cintos, notem que os avisos contra fumo no local estão ligados, enjoy the flight!
(Este é o tempo que dou para recuperarem da anormalidade daquele parágrafo ... Já está!)
Hoje gostava de deixar aqui um dos textos que mais me impressionou, quer pela escrita efusiva, pura, selvagem, surreal, quer pelo seu sentido irónico ou pela sua crítica profunda à linearidade da sociedade ... Passo a palavra ao Ex.mo Sr. Álvaro de Campos ...
Lisbon Revisited
NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
Álvaro de Campos
Desculpas, paranóias, alibís, whatever! Bom dia meus senhores e minhas senhoras (para não vos chamar seres cadavéricos que pensam que pensam por vocês próprios quando na verdade quem vos comanda é o Né! Ahahah!), e sejam bem-vindos ao 4º (O tempo passa não é verdade?!) post do meu estranho blog! Espero que tenham tido um serão agradável, apertem os cintos, notem que os avisos contra fumo no local estão ligados, enjoy the flight!
(Este é o tempo que dou para recuperarem da anormalidade daquele parágrafo ... Já está!)
Hoje gostava de deixar aqui um dos textos que mais me impressionou, quer pela escrita efusiva, pura, selvagem, surreal, quer pelo seu sentido irónico ou pela sua crítica profunda à linearidade da sociedade ... Passo a palavra ao Ex.mo Sr. Álvaro de Campos ...
Lisbon Revisited
NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
Álvaro de Campos
domingo, 9 de dezembro de 2007
Uma longa jornada
Ele caminhava, solitário, sereno, por entre a escuridão de uma mente perdida. Debateu-se durante instantes, como que decidindo qual o caminho a seguir, seria sensato olhar para trás, agora que já começara a caminhar? Este pensamento perseguiu-o enquanto atravessava planícies completamente desertas, escuras, frias, que se estendiam até se perderem de vista. Mas ele prosseguia, solitário, determinado, na sua jornada por um mundo abstracto, não percebia a razão pela qual continuava, incessantemente, passo após passo, silenciosamente.
Sentiu-se como num pesadelo, atingido por uma amargura que transpunha os limites do humanamente suportável, caiu de joelhos, apertou a mão esquerda contra o peito, procurando assegurar-se de que o coração se encontrava em condições. Olhou para cima, angustiado, atordoado pela dor que lhe trespassara o coração e que trespassava ela própria a inteligência, a mente, o espírito. Procurou no céu, negro, algum indício de luz, esperança, afecto, algo que lhe lembrasse da sua antiga vida, algo que lhe mostrasse o caminho, mas não havia nada a não ser o desespero que se fazia sentir à sua volta, e ele praguejava contra este desespero sem perceber que o desespero era o seu desespero, sem perceber que a angustia era sua, que a escuridão residia em si, que aquela mente pela qual caminhava era a sua. Não acreditava que pudesse haver uma carga negativa tão grande em si, ele, que emitia uma aura de bondade e esperança que contagiava quem estivesse perto de si, sempre fora uma pessoa muito sociável, muito prestável.
Chegou a uma bifurcação, sentiu a indecisão assomá-lo de novo, algo que sempre fizera parte de si, indecisão no momento crucial, no ponto de viragem que poderia ditar a diferença entre a luz e a escuridão. Tinha de decidir, sentia-se cada vez mais consumido, angústia, desespero, culpa, sentia um turbilhão de emoções dentro de si, queria gritar, fazer a realidade sentir uma infíma parte do que fluía dentro de si. Esqueceu-se de que a decisão relativa ao caminho que deveria ter tomado já estava feita à muito. Esqueceu-se de que são as escolhas que marcam a diferença. Esqueceu-se que quanto maior for a noite, mais brilhante o dia nascerá, deixou de acreditar, deixou de sentir para cair no desespero para sempre, enclausurado dentro de si próprio, incapaz de amar e de ser amado, incapaz de reconhecer um rasgo de carinho, uma simples concha que tenha perdido a sua pérola, pois a alma havia abandonado o seu corpo.
Sentiu-se como num pesadelo, atingido por uma amargura que transpunha os limites do humanamente suportável, caiu de joelhos, apertou a mão esquerda contra o peito, procurando assegurar-se de que o coração se encontrava em condições. Olhou para cima, angustiado, atordoado pela dor que lhe trespassara o coração e que trespassava ela própria a inteligência, a mente, o espírito. Procurou no céu, negro, algum indício de luz, esperança, afecto, algo que lhe lembrasse da sua antiga vida, algo que lhe mostrasse o caminho, mas não havia nada a não ser o desespero que se fazia sentir à sua volta, e ele praguejava contra este desespero sem perceber que o desespero era o seu desespero, sem perceber que a angustia era sua, que a escuridão residia em si, que aquela mente pela qual caminhava era a sua. Não acreditava que pudesse haver uma carga negativa tão grande em si, ele, que emitia uma aura de bondade e esperança que contagiava quem estivesse perto de si, sempre fora uma pessoa muito sociável, muito prestável.
Chegou a uma bifurcação, sentiu a indecisão assomá-lo de novo, algo que sempre fizera parte de si, indecisão no momento crucial, no ponto de viragem que poderia ditar a diferença entre a luz e a escuridão. Tinha de decidir, sentia-se cada vez mais consumido, angústia, desespero, culpa, sentia um turbilhão de emoções dentro de si, queria gritar, fazer a realidade sentir uma infíma parte do que fluía dentro de si. Esqueceu-se de que a decisão relativa ao caminho que deveria ter tomado já estava feita à muito. Esqueceu-se de que são as escolhas que marcam a diferença. Esqueceu-se que quanto maior for a noite, mais brilhante o dia nascerá, deixou de acreditar, deixou de sentir para cair no desespero para sempre, enclausurado dentro de si próprio, incapaz de amar e de ser amado, incapaz de reconhecer um rasgo de carinho, uma simples concha que tenha perdido a sua pérola, pois a alma havia abandonado o seu corpo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)